20 de abril de 2010

11

Nesta composição, apesar de Álvaro de Campos ser, para mim, o heterónimo mais excêntrico, escolhi manter a letra sempre igual. Desta forma, pretende-se realçar o papel da composição em si, através de diferentes tamanhos de letra e o facto de esta, por vezes, estar a negrito. No centro, em destaque, estão os “r”. Quando se lê o poema, e outros poemas de Álvaro de Campos, são estas onomatopeias que se destacam e chamam mais a atenção do leitor. Ao contrário do que se passa na composição relativa a Alberto Caeiro, os versos não estão em nenhuma ordem particular. É suposto demonstrar-se desorganização e até uma espécie de loucura, sendo que na composição podemos ler apenas palavras soltas, quase como se fossem gritos.

Aqui, o nome do poeta quase não tem destaque pois, através do próprio poema, podemos logo ver quem é o autor.

Sem comentários:

Enviar um comentário