17 de março de 2010

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Nesta aula, iniciámos o estudo da tipografia como elemento da comunicação visual. Foi-nos apresentado um PowerPoint, onde constam informações sobre a origem da escrita e dos tipos de letra.
A mais antiga língua humana conhecida é, tal como os hieróglifos egípcios, a escrita suméria, inventada por haver uma necessidade de, por exemplo, cobrar impostos, ou registar gado. A par dos hieróglifos, os egípcios possuíam também um alfabeto fonético, com 23 24 caracteres, mas estes nunca substituíram os hieróglifos. Em relação a outro povo, os fenícios, estes adaptaram o alfabeto egípcio. Este processo foi realizado pelos seus marinheiros e comerciantes. Este alfabeto mostrou-se superior aos sistemas de escrita que existiam anteriormente.
Já este novo alfabeto foi novamente adaptado pelos gregos, que adicionaram as suas vogais, dando origem ao alfabeto jónico. Este novo tipo de letra aparece no contexto da cultura Paleocristã. Por sua vez, os romanos, assimilaram vários elementos culturais estrangeiros, razão pela qual o alfabeto grego foi, mais uma vez, adaptado. Para além disso, desenvolveram as terminações designadas de serifas, pois aperfeiçoaram as técnicas e ferramentas de trabalhar a pedra. Com isto, desenvolveram ainda o alfabeto como o conhecemos hoje, a forma das letras, e as relações entre os caracteres e as palavras, por exemplo, o espaçamento. Foram também os romanos que criaram vários tipos de letra, dos quais são exemplo a Capitalis Quadrata, a Rústica e a Cursiva. Desde o período da Renasceça até aos dias de hoje, surgiram outros tipos, muito variados, tais como o Garamond, desenvolvido por Claude Garamond (1490 - 1561), o Times New Roman, criado por Stanley Morison especialmente para o jornal Times Of London, e o tipo de letras usada nas criações da corrente Art Nouveau.

16 de março de 2010

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Et voilà!

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O trabalho terá de sofrer uma volta de 180º, por isso, nova recolha de fotografias:
Segue-se uma tentativa de junção destas imagens. Não prometo resultados positivos.

10 de março de 2010

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Trabalho realizado até agora: o formato circular para a primeira metade da música, o quadrado para a segunda. Na primeira colagem dá-se ênfase à angústia vivida pelo sujeito da música. Por esse motivo, o elemento que ocupa grande parte do círculo é imagem de uma figura metálica com a cabeça entre as mãos, gesto que demonstra igualmente melancolia. Escolhi-a pois pode representar tanto um homem como uma mulher, sendo que não é possível ver a cara. Por cima pairam pequenos bocados de papel em tons de cinzento, verde e azul, que eu vejo como pontos (elementos básico da comunicação visual). Estes representam o caos em que se encontra a vida da pessoa.Por baixo desse caos vemos um vulto que se tenta afastar, fugir desse ambiente. No entanto, o plano em que se encontra está ligeiramente inclinado. Para mim isso representa não haver saída, porque o caminho está a descer e não a subir. A ligação entre as duas representações visuais estabelece-se através dos bocadinho de papel, bem como do pedaço de chão com uma linha, ao qual é dado destaque na segunda imagem. Em relação a esta, escolhi uma fotografia de uma estrada no Chile, depois do terramoto. Penso que traduz de uma forma precisa o título da música, Sur Le Fil. Trata-se de um limite traçado pela Natureza, que o homem não conseguiu controlar. Para além disso, a estrada, com a guia na berma, é vista por mim como uma linha, outro elemento básico da comunicação visual. Por cima disso podemos ver novamente os pedacinhos de papel, o caos que passa de uma parte da música para a outra, sendo que na segunda parte são aqueles breves segundos de que falei no primeiro post. Por entre eles tentam passar os braços do sujeito, segurando um telescópio. Este representa uma nova tentativa de fuga, de obter uma outra perspectiva. Apesar disso, e tal como acontece com o vulto da primeira composição, ele está apontado para baixo. Não existe solução para o problema, e pessoa permanece num estado de apatia constante, aqui representado pelo mar, onde se fica à deriva. O horizonte para mim é mais uma linha. O céu muito escuro atrás e a cor neutra do mar ajudam a conferir uma sensação de melancolia a esta composição.

7 de março de 2010

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Após termos começado a trabalhar com o Free Hand, na última aula, e devido ao facto de o meu Photoshop estar fora do prazo, decidi fazer uma colagem em papel, em vez de utilizar fotografias, que teria de modificar no computador. As colagens, nos dois formatos, serão feitas com elementos retirados de revistas colados em cartolina. Posteriormente serão talvez feitos alguns ajustes de cor a computador, mas o essencial será feito à mão. Desta forma, o resultado ficará um pouco diferente daquele que tinha sido pensado inicialmente. A parte caótica da música será representada de outra forma, pelo que será dada mais atenção ao conflito interior da pessoa.
Novamente em relação ao Free Hand, o trabalho consistia em copiar o P do jornal Público. Vou tentar fazer o upload do meu resultado mais tarde, pois o blogger não está a conseguir fazê-lo neste momento.

1 de março de 2010

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A primeira proposta de trabalho, no âmbito da disciplina de Design e Comunicação Visual, consiste em elaborar a interpretação visual de uma música à nossa escolha. Para isso devem ser utilizados os elementos básicos e as técnicas da comunicação visual.
A música que escolhi para este efeito é da autoria de Yann Tiersen e chama-se Sur Le Fil. É uma música triste, mas por não ter letra e ser só instrumental permite uma interpretação menos literal, que varia de pessoa para pessoa. Por exemplo, a segunda parte da música faz-me pensar num dia chuvoso, mas o mesmo pode não acontecer com outra pessoa.
Sur Le Fil, cujo significado literal é on the wire, em inglês, tem outro significado, mais figurado, que é no limite. Para mim o nome da música faz todo o sentido e adequa-se perfeitamente à melodia. Na primeira parte da música ouvimos apenas um violino; o seu som é melancólico por natureza. Esta tristeza faz-se ouvir igualmente na melodia que toca. O início é calmo, mas passado um minuto o ritmo fica mais rápido. A melodia também não é a mesma. Ao contrário das primeiras notas que ouvimos, nesta nova melodia não existe grande amplitude entre as notas mais graves e as mais agudas, pode dizer-se que é uma melodia sem grandes variações. No minuto 2:15 dá-se outra alteração, sendo que o ritmo aumenta ainda mais de velocidade, e a melodia fica mais agitada e com uma dinâmica mais forte.
Após uma breve pausa, começa a segunda parte da música. Aqui já não ouvimos o violino, mas sim um piano. Apesar da melodia ser totalmente diferente, continua num tom triste. O início é calmo, ouvem-se apenas acordes, seguidos de uma melodia regular, assim como acontece na primeira parte. Apesar disso, aos 6 minutos, o tempo acelera e, passados alguns compassos, acalma novamente. Até ao final ouvem-se, mais uma vez, os acordes do piano.
Como já referi, a segunda parte da música faz-me lembrar chuva, talvez pelo seu carácter melancólico. No geral, associando o título à música, penso que ela pretende transmitir os sentimentos de alguém que se encontra no limite, isto é, numa situação muito negativa, e não sabe o que fazer. Tal sentimento faz essa pessoa chegar a um ponto em que explode, que para mim está representado pela melodia frenética e caótica do final da primeira parte. No caso de Sur Le Fil, acho que a pessoa não conseguiu encontrar uma solução para o problema e permaneceu num estado de apatia, representada pela regularidade do piano. O ritmo mais acelerado que ainda se faz ouvir por breves momentos, para mim, representa mais uma tentativa de sair daquele estado de tristeza e desespero. Porém, mais uma vez, é ele quem ganha, e da pessoa não resta quase nada, apenas uns meros acordes.
Em relação à forma como vou tentar representar visualmente esta música, a primeira ideia que tive foi de dividir a imagem em duas partes, que devem representar a divisão presente no tema. Uma possibilidade seria traçar uma linha a meio, ou fotografar algo que a pudesse substituir, tal como um cabo entre dois postes de electricidade, por exemplo. No entanto, esta interpretação parece-me demasiado literal, o mais provável é que ainda mude de ideias. Outra hipótese seria usar uma fotografia de uma rede, ou de umas grades, que ocupassem a parte de baixo da imagem. Acima dela colocaria outros elementos, e atrás algo que representasse a pessoa, ou aquilo que ela era antes. Para os ritmos mais rápidos quero, sem dúvida, utilizar algo que capte movimento, mas ainda não sei bem o quê. Uma opção seria uma pessoa a correr em direcção a algo, mas não sei se vou usar esta ideia, pois eu associo o movimento sugerido pela música à pessoa num estado de desespero, que vou tentar representar de outra maneira. As cores serão pouco saturadas, na sua maioria cinzentos, preto e branco, e talvez alguns azuis e verdes mais escuros.
No que diz respeito às técnicas da comunicação visual, a primeira parte será instável, irregular e complexa. Os elementos que vou utilizar estarão dispostos quase aleatoriamente, sem nada que os ligue entre si. A segunda será regular, talvez através do padrão da rede ou da grade. Será dada ênfase apenas àquele momento, quase no fim da música, em que o ritmo acelera durante alguns segundos. Esta parte será aprofundada noutro artigo, pois ainda não escolhi todos os elementos a ser utilizados, por isso também ainda não sei como os irei dispor.
Ficam aqui algumas imagens que têm a ver com aquilo que quero representar: